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08 abril 2009

Nuances

Posted on 4/08/2009 09:40:00 AM by Théo, desarmado por um sorriso..





Ela ficava bem de preto, nós pensávamos branco, agora prefiro não usar nada, ao menos quando me deito. Ela tinha uma voz não invisível ao me assoviar seus nomes, e eram tantos, alguns gerados em apelidos. Eu, distante de tudo o que é feliz, nunca acertava assoviar-lhe o meu, não pra fora, como o convencional, alguns poucos sons se ouvia, mas só quando eu tentava pra dentro, coisa desimportante. Um dia, ela em falsete solfejou meu nome ao ouvido, um que jamais antes ouvi, e chorei, pranteei muito e tanto. Meu nome era uma música triste, a melodia me partia o coração, quis não gostar, mas era linda a canção, passei assim a todos os dias pedir que me chamasse pelo novo nome, esse que eu não conhecia, era sempre na hora de dormir. Parecia que a dor que sentia me trazia contentamento. Hoje, queria nunca mais te ouvir musicando meu nome, poetizando meu nome, mas isso soa tão difícil, mesmo pra mim, que já não acredito nas coisas que escuto, quis tampar com as mãos os ouvidos, desisti. De ouvidos tampados eu também te ouço.

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