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11 agosto 2020

 

Eu preciso de uma provocação pra escrever, algo que digam algo que eu veja com olhar atento, com o morder dos lábios, com toda minha miopia nervosa e abençoada. Preciso de um empurrão para desejar algo bom ou ruim, e tenho pensado muito em coisas boas ultimamente. Antes só a dor me dava o combustível da escrita, hoje prefiro me valer de escoras positivas de coisas boas dentro do peito. Prefiro os anos ímpares, são sempre os melhores pra mim, ano par é amargo e tenso, ano ímpar sempre é mais regozijante, cálido, vibrante, ponderado e me traz uma espécie de sagacidade, uma espécie de inteligência emocional que me protege. É estranho como me preocupo com as pessoas, é estranho como as pessoas se aproximam de mim voluntariamente, e depois, é estranho como elas escapam pelas frestas das portas de entrada, pondo as patas em mim, sujando meu carpete e desaparecendo sem alterarem muito, ou quase nada, a simetria dos meus sentimentos. Cada um sabe de si e eu só sei dos meus calos, perdi a paciência com pessoas, elas me adoecem... Meu psicanalista me faz por os pés no chão e eu me sinto com 200 kg, eu agradeço todos os dias por poder ouvir de um estranho como as coisas funcionam pagando 100reais por hora, quando ele interpreta meus sonhos tal qual José a serviço do faraó, “olhe nos olhos do faraó e você verá que ele n é a representação do deus Rá na terra”, toda quarta-feira ele me olha nos olhos e me diz o que os meus súditos me escondem: quem eu realmente sou nada divino.

Mas coisas boas me motivam mais, a vida é mesmo extraordinária pra quem sabe viver e eu ainda pretendo aprender isso, coisas simples me tiram a dor. (13/10/2016)