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21 setembro 2009

Não se sabe


Já pouco importa lembrar-se do que dizer na hora certa, pois esta parece que não chega, então para você eu pareço vencer pelo cansaço a felicidade que insiste em rodear meus olhos, enquanto para mim você parece não entender que percebe minha teimosia pelo que é triste. Nada disso também importa, pelo menos enquanto somos distantes. Não nos sabemos, não houve toque, contato algum, e segue-se a vida numa infindável ciranda de incertezas que vão semeando grãos de dúvidas sobre nossas frontes. Será que amanhã o futuro chegará logo, ou ainda tarda este a vir? Eu não sei. Viver é também não saber.

14 setembro 2009

Tuchê!

Sinto do lado esquerdo do peito uma ferida aberta, é o velho amor na certa, viver é amar, função de viver: Amar de portas abertas. Alguns fingem bem, se escondem entre facetas, esquiva de sentimentos, encenação, fingimento. É meu caro, parece que o amor te pego de repente, dessa vez mais forte, mais rápido, mais certeiro que a serpente. É meu caro, parece que o amor te pegou de veneta, na baixa guarda do coração, na mordida do bocal da caneta. Justo agora que estavas confiante, justo agora que parecias sem saudade, reerguido, vestido com o pijama da tranqüilidade.

Todos os olhares do mundo não significam nada, só um par de olhos te atrai, te agrada. Só aquele sorriso te afeta, te intriga, só aquele cheiro te acalenta, te embala, só aquele beijo te alimenta. Somente o medo te observa, espreita, espera, suspeita... No baixar da guarda te acerta! Tuchê! Pontada mais fina que agulha de crochê.

Tolo coração, mil e uma vezes encantado, mil e duas, mil e três, mil e quarto vezes o mesmo impacto... Quem da mais? Quem vai levar teu coração barato?

Quando o ”Eu” ama o “Tu” e o “Ele” esteve sempre lá é quando o “Eu” ama sozinho e tu te pões no teu lugar. Quando o “eu” conta a todos “vós” e depois sente que o “nós” não chega a se concretizar. Quando se espera algo e esse algo não vem, quando se ama alguém e esse amor não ama ninguém, quando se sente a dor e essa dor não se sente bem, quando se sente amor e esse amor não te convém. Nesse duelo o único elo te vence com louvor, é o espadachim que te lampeja a mente como martelo, forjando inoxidáveis correntes do mais puro amor.