26 julho 2010
Eu Lírico
Posted on 7/26/2010 12:04:00 PM by Pedro Neiva
Quem ampara o poeta? Quando na face falta-lhe o riso, quando no coração falta-lhe a alegria risonha ou quando no olhar falta-lhe o brilho?
Quem dá de comer ao poeta? Será dele gerar suas próprias frases de efeito um ofício? suas citações próprias, se auto-projetar em sua própria sombra seria seu vício?
O poeta já não dorme... ferida de guerra que não sara, ferradura pesada aos pés de difícil locomoção, salvo ladeira à baixo na estrada.
Quem interpreta o papel do poeta? Quem canta suas odes? Quem escreve sua novela? Quem canta seu musical? Quem suporta suas dores dos amores perdidos?Que gênio realiza seus 3 pedidos?
Ser poeta é amparar o infinito, pois no fundo do âmago das dores vorazes, só a ele cabe entender-se, com a ajuda tão somente do espelho da alma, não há “nós” na primeira pessoa do plural da desilusão poética, não há outro alguém pra dividir o peso , só há o “eu”, o eu lírico.
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